Outro dia antes de inicar a aula o professor perguntou se alguém na turma não falava finlandês. Eu respondi que sobrevivia com o meu, mas que seria audácia afirmar que sim, eu falo a a língua.
E essa é sempre a minha resposta quanto me perguntam meu nível no idioma: sobrevivendo. E é por querer realmente me sentir falante que decidi compartilhar o que sei e ajudar quem está na luta pela fluência.
Como professora de línguas e péssima aluna, estudar para ensinar é a única razão pela qual eu sento e estudo. Faz um tempo que venho pensando em criar um espaço destinado ao finlandês, com explicações gramaticais que façam sentido, exercícios…
Mas qual é o problema com o finlandês que tanta gente reclama? Bem, o finlandês é uma língua fino-úgrica. Dá uma olhada na foto aqui embaixo, a árvore imensa é das línguas indo-européias que foram se desenvolvendo e dando origens a várias outras línguas, que por mais que sejam diferentes, possuem muito em comum. As vezes o vocabulário, a gramática, etc. Mas o finlandês vem da árvore pequenina do lado. Uma origem completamente diferente do português, espanhol, inglês, alemão, polonês, etc. É uma família de línguas faladas especialmente na região da Sibéria, onde acredita-se que tenha surgido, mas também na Finlândia, Estônia e Hungria.
Então, ao começar a estudar o finlandês é preciso ter em mente que dificilmente conseguirá fazer relações com outras línguas para entender a gramática. Ou que será impossível entender uma frase apenas pela semelhança de algumas palavras com algum idioma qualquer.
Quer dizer. O finlandês tem palavras emprestadas do inglês, do sueco, do russo, do alemão… Ufa. Pelo menos começamos nossos estudos sabendo o que é taksi, baari, bussi, tomaatti, musiikki, banaani, museo, auto, sohva, teatteri, pubi…
Finlandês pode ser desafiador. Mas nós vamos conseguir! Não é?
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